A gente costuma lembrar do grito do Ipiranga como um momento épico, mas entender o que levou à ruptura com Portugal ajuda a perceber o que mudou no país. Vamos conversar sobre os passos que levaram à proclamação, quem estava na jogada e como a celebração evoluiu ao longo dos anos.
Em 1821, a Corte portuguesa voltou para Lisboa após a Revolução Liberal e deixou o príncipe regente D. João VI e a família real no Brasil. O movimento provocou um vácuo de poder que despertou o desejo de autonomia entre os líderes locais.
D. Pedro I recebeu o chamado de seus compatriotas para decidir entre permanecer como regente ou assumir a liderança da ruptura. Em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, ele teria pronunciado o famoso " Independência ou Morte!". O texto exato do discurso varia nas fontes, mas o senso de decisão ficou marcado.
Depois do grito, o príncipe foi a São Paulo, onde os senadores aprovaram a ruptura e enviaram a mensagem ao governo de Lisboa. A corte portuguesa demorou a reconhecer a nova situação, mas, em 1825, assinou o tratado que confirmou a independência em troca de indenizações.
A data virou feriado nacional: o 7 de setembro. Cada ano, as cidades organizam desfiles, shows e atividades escolares. Mas a comemoração vai além de bandeiras. Ela gera debates sobre identidade nacional, educação cívica e a relação do Brasil com seu passado colonial.
Curiosidade: muitas escolas ainda ensinam a história de forma simplificada, focando no grito e deixando de lado a participação de figuras como José Bonifácio, que foi essencial na articulação política.
Nos últimos anos, o governo e a iniciativa privada têm investido em projetos de memória, como museus interativos e exposições itinerantes, que apresentam documentos originais, mapas e objetos da época. Esses recursos ajudam a tornar a história mais palpável para quem não tem acesso a livros acadêmicos.
Se você quiser sentir a energia da independência, vale visitar o Monumento ao Ipiranga em São Paulo ou o local da Proclamação em Brasília, que contam com painéis explicativos e reproduções de artefatos. Também dá para assistir a filmes e séries que retratam o período, como "Independência – O Grito do Ipiranga", que traz uma visão mais humana dos personagens.
Entender a Independência do Brasil não é só relembrar um dia de festa; é reconhecer como decisões de quase dois séculos atrás moldam o Brasil de hoje. Ao conhecer os detalhes, a gente pode participar de forma mais consciente das discussões sobre soberania, cidadania e futuro do país.
O 7 de Setembro é um feriado nacional relevante no Brasil, comemorando a independência do país. Esse dia garante a folga para os trabalhadores, mesmo que seja um sábado. Além disso, ao trabalhar nesse dia, os funcionários têm direito a remuneração em dobro. Ao contrário do ponto facultativo, o feriado nacional é de cumprimento obrigatório, conforme a legislação brasileira.
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