Impeachment é a palavra que aparece sempre que um presidente, ministro ou até governador é acusado de cometer crime de responsabilidade. Não é um julgamento comum; é um procedimento constitucional que envolve o Congresso inteiro. Se você quer saber o que está rolando, vale a pena entender cada passo.
Primeiro, alguém — geralmente um parlamentar ou o Procurador‑General — apresenta a denúncia. Essa denúncia vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que decide se aceita ou rejeita. Se a CCJ aceita, a matéria segue para a Comissão Especial, que reúne provas, ouve testemunhas e elabora um relatório.
Com o relatório pronto, a Câmara dos Deputados vota. São precisos dois terços dos deputados (342 de 513) para aprovar o prosseguimento. Se aprovado, o processo passa para o Senado, que age como tribunal. O presidente do Supremo Tribunal Federal preside o julgamento e os senadores são os jurados. Novamente, é preciso dois terços (54 de 81) para condenar e afastar o acusado.
Durante todo o caminho, o acusado pode se defender, apresentar documentos e contestar as provas. Caso seja condenado, ele perde o cargo e fica inelegível por oito anos. Se não houver condenação, a pessoa continua no cargo normalmente.
Nos últimos meses, o assunto voltou à imprensa porque alguns parlamentares abriram discussões sobre a conduta do presidente em relação a decisões de política externa e gastos públicos. Não há um pedido formal ainda, mas as manchetes já mostravam que a CCJ está recebendo várias solicitações de análise.
Para quem acompanha, o jeito mais prático é acompanhar as sessões ao vivo da Câmara no site oficial ou nas redes sociais. Os principais pontos que costumam gerar dúvida são: o que conta como crime de responsabilidade, quem pode iniciar a denúncia e como funciona a votação no Senado.
Se você ainda tem dúvidas, aqui vai um resumo rápido:
Ficar por dentro das discussões ajuda a entender não só o que pode acontecer com o atual presidente, mas também como a democracia funciona na prática. Não tem mistério: siga as notícias, veja as sessões ao vivo e converse com amigos sobre o que está sendo debatido. Assim, você tem informação de verdade e não fica preso só ao discurso dos partidos.
Vale lembrar que impeachment é um mecanismo sério, pensado para proteger a Constituição. Quando usado corretamente, serve como freio a abusos. Quando usado como ferramenta política, pode gerar muita instabilidade. Por isso, acompanhar cada etapa é essencial para formar uma opinião bem fundamentada.
Em 7 de setembro de 2024, Jair Bolsonaro criticou duramente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em um evento na Avenida Paulista, em São Paulo. O ex-presidente pediu que o Senado imponha controles constitucionais a Moraes, acusando-o de abuso de poder. O protesto, organizado por Silas Malafaia, foi marcado por exigências de impeachment e críticas ao STF.
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