Papo Cruzado estreia no Combate com Fabrício Werdum e Kéfera

Durante Papo CruzadoSão Paulo, o Canal Combate lançou seu primeiro talk‑show dedicado ao universo das artes marciais. Na estreia, às 19h de segunda‑feira, 11 de novembro de 2024, o programa foi apresentado por Fabrício Werdum, ídolo do MMA e comentarista da emissora, ao lado da atriz e influenciadora digital Kéfera Buchmann. O objetivo? Aproximar fãs de lutas de personalidades da cultura pop, criando um espaço de conversa descontraído, mas informativo.

Contexto e origem do programa

O projeto nasceu da vontade de Canal Combate de ampliar seu portfólio além das transmissões de eventos ao vivo. Depois de anos focado em competições, a emissora percebeu que o público pedia mais conteúdo de bastidores e histórias pessoais. Foi então que a Mixer Films, produtora de conteúdo televisivo, entrou na coprodução, trazendo experiência em formatos de entrevistas. A direção ficou a cargo de Daniel Billio, que já havia comandado programas de entretenimento esportivo.

Formato e convidados da primeira temporada

A primeira temporada conta com 20 episódios semanais, cada um com cerca de 45 minutos. O diferencial está na mistura de temas cotidianos – como alimentação, saúde mental e carreira pós‑luta – com assuntos específicos do MMA, como estratégias de treino e a cultura das academias ao redor do mundo. No episódio de estreia, os apresentadores receberam Wanderlei Silva, lenda do Orgulho do Vale, para debater o cenário do MMA no Japão e a paixão dos japoneses pelas lutas. Entre os nomes confirmados, estão Marcos Mion, que trouxe sua experiência de apresentador de TV, e o ex‑lutador Pedro Rizzo, que compartilhou histórias de treinos na Grécia antiga (brincadeira, mas contou curiosidades sobre a origem das artes marciais).

Repercussão e expectativas do público

Nos primeiros minutos de transmissão, as redes sociais explodiram. No Twitter, a hashtag #PapoCruzado já registrou mais de 15 mil tuítes nos primeiros 30 minutos, com fãs elogiando a química entre Werdum e Kéfera. "É como se eu estivesse tomando um café com meus ídolos do octógono", comentou @luara_fans, influenciadora de fitness de São Paulo. A crítica especializada também foi positiva: o site Folha de S.Paulo destacou a capacidade do programa de "trazer um olhar humano para um esporte tão técnico". Ainda assim, alguns puristas temem que o formato entretenimento possa diluir a seriedade das discussões técnicas.

Distribuição e estratégias de streaming

Distribuição e estratégias de streaming

Além da exibição ao vivo no Canal Combate, Globoplay garante episódios inéditos para assinantes, reforçando a estratégia de multiplataforma da emissora. Cada sexta‑feira, o programa tem reprise no sportv3, permitindo que quem perdeu a estreia possa acompanhar. Essa abordagem híbrida visa alcançar tanto o público tradicional de TV aberta quanto a geração Z, que prefere conteúdo on‑demand. Dados da Nielsen revelam que, na primeira semana, o programa atingiu 1,2 milhão de telespectadores ao vivo e 600 mil visualizações adicionais no Globoplay.

Perspectivas para o futuro do Papo Cruzado

Os produtores já falam em expandir o formato para episódios especiais ao vivo, possivelmente filmados durante eventos de grande porte como o UFC Fight Night. Há ainda planos de incluir sessões de treinamento ao vivo, onde os convidados demonstram técnicas enquanto conversam. Se tudo correr como esperado, a segunda temporada poderá contar com 24 episódios e abrir espaço para esportes de combate menos conhecidos, como muay thai e jiu‑jitsu brasileiro. "Queremos que o público veja o lado humano dos atletas e ainda descubra novas modalidades", afirmou Werdum em entrevista ao Jornal da Globo. O sucesso inicial indica que o programa pode se tornar um ponto de referência no calendário esportivo‑cultural brasileiro.

Frequently Asked Questions

Quem são os apresentadores de Papo Cruzado?

O talk‑show é apresentado por Fabrício Werdum, ex‑campeão peso‑pesado do MMA e comentarista do Canal Combate, e pela atriz e influenciadora digital Kéfera Buchmann. Juntos, eles combinam conhecimento técnico e linguagem descontraída para conversar com convidados do mundo das artes marciais e da cultura pop.

Quando e onde o programa é exibido?

Os novos episódios são transmitidos todas as segundas‑feiras, às 19h, no Canal Combate. Para quem prefere a internet, o conteúdo está disponível no dia da estreia no Globoplay. Reprises são exibidas nas sextas‑feiras, no canal sportv3.

Quais foram os convidados da estreia?

No episódio de abertura, os apresentadores receberam a lenda do MMA Wanderlei Silva, que falou sobre a história do esporte no Japão e a relação dos fãs japoneses com as lutas. Outros convidados confirmados ao longo da temporada incluem o apresentador Marcos Mion e o ex‑lutador Pedro Rizzo.

Qual é o objetivo do programa?

Papo Cruzado busca aproximar o público das artes marciais, trazendo histórias de bastidores, debates sobre saúde, carreira e cultura das lutas. O formato tenta dialogar tanto com fãs de longa data quanto com quem está descobrindo o universo dos esportes de combate, ampliando a visibilidade das modalidades e apoiando atletas.

Como o programa está posicionando a emissora no mercado?

Ao investir em conteúdo original como Papo Cruzado, o Canal Combate reforça sua estratégia de diversificação, atraindo anunciantes e assinantes de plataformas digitais. O sucesso de audiência, registrado pela Nielsen, indica que a proposta pode gerar novas oportunidades de patrocínio e de crescimento internacional.

Thaynara Rezende de Oliveira

Thaynara Rezende de Oliveira

Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.

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20 Comentários

  • Juliana Rodrigues

    Isso é puro entretenimento. MMA não é talk show.

    Leticia Balsini de Souza

    O Brasil não precisa de programas que banalizam suas lutas. Isso é vergonha nacional.

    João Pedro Néia Mello

    O que está acontecendo aqui é uma redefinição simbólica do esporte: a fusão entre a ritualística da luta e a performance da cultura pop. Werdum representa a tradição, Kéfera a desestruturação. E isso é bom? Talvez. Mas só se o público entender que o octógono não é um palco, é um templo. E quando transformamos templos em reality show, perdemos o sagrado. A pergunta não é se isso atrai novos fãs, mas se isso destrói o que já existia de autêntico.

    Simone Sousa

    Isso é uma ofensa. Kéfera não sabe o que é treinar. Ela nem sabe o que é suar de verdade.

    Valquíria Moraes

    EU AMO ESSA PARCERIA!!! 💖 Werdum + Kéfera = pura química! 🤩 Quem não tá acompanhando tá perdendo a melhor coisa da TV brasileira! 🥳 #PapoCruzadoÉTUDO

    Francielle Domingos

    É importante ressaltar que a estruturação do conteúdo, com a integração de temas como saúde mental e carreira pós-luta, representa uma evolução metodológica significativa na cobertura esportiva. A emissora demonstra maturidade ao priorizar o ser humano por trás do atleta, o que é um avanço ético e educacional. A qualidade técnica da produção, aliada à curadoria dos convidados, justifica plenamente o investimento e a estratégia de multiplataforma.

    Paulo Roberto Fernandes

    Legal ver o MMA chegando pra galera que nunca entendeu. Kéfera tá ajudando muito.

    Lucas Leal

    Acho que o programa tem potencial, mas precisa de mais rigor técnico. Nada de histórias da Grécia antiga como se fosse verdade.

    Luciano Silva

    Pedro Rizzo falando de Grécia antiga hahahaha o cara é brincalhão mas o programa é bom mesmo

    Luiz Soldati

    O verdadeiro problema não é o formato, é a ausência de crítica. Ninguém está questionando se o MMA precisa de mais entretenimento ou se ele já está sendo diluído até virar um reality de TV. A sociedade prefere entretenimento fácil a conhecimento profundo. E isso é triste.

    Marco Antonio Pires Coelho

    Essa iniciativa é incrível. Muita gente que nunca ligou pra luta tá se interessando agora. E isso é poderoso. Não importa se é com Kéfera ou com qualquer outro nome da cultura pop - o importante é que o esporte tá ganhando espaço, humanidade, e principalmente, visibilidade. Vai ter segunda temporada? Porque eu tô torcendo pra sim. E se precisar de ajuda pra divulgar, eu tô aqui. Essa é a energia certa.

    Renaldo Alves

    Se o MMA virou um programa de TV com atriz, então eu vou ver reality de boxe com xuxa.

    José Ribeiro

    Muito bom ver o esporte sendo mostrado assim. A galera que só conhece o UFC pelo TikTok tá entrando no mundo de verdade. 💪👏

    Isabella Bella

    Será que o Werdum tá confortável com isso? Ou é só mais um trabalho? Porque quando você passa 20 anos no octógono e depois vira apresentador de um talk com uma influencer... a gente se pergunta: será que isso é evolução ou desistência?

    alexandre eduardo

    Werdum é um gênio mas Kéfera tá ali só pra encher o saco e fazer o público rir. O programa tá mais pra comedy show que pra debate de MMA

    Tayna Souza

    Amei o episódio com o Wanderlei! Ele contou coisas que eu nunca tinha ouvido. O programa tá fazendo história mesmo 🙌

    Mayara Osti de Paiva

    Isso não é só um programa, é um movimento. E quem critica não entende que o esporte precisa de novos olhares. Kéfera não está tirando a seriedade - ela está trazendo a humanidade que o MMA sempre teve, mas que a mídia ignorou. Agradeço por isso.

    Thalyta Smaug

    Se isso for sucesso, o próximo programa vai ser MMA com o Pocah.

    ALINE ARABEYRE

    A referência à Grécia Antiga no contexto das artes marciais é historicamente incorreta e potencialmente enganosa. A origem do jiu-jitsu brasileiro não remete à Grécia, mas sim ao judô e às práticas de luta japonesas do século XIX. A disseminação de informações falsas, mesmo em contexto lúdico, compromete a integridade educacional do programa e pode gerar confusão entre os espectadores menos informados.

    Gabriel Henrique Alves de Araújo

    É fascinante ver como o esporte pode se transformar em um espaço de conexão humana. O fato de o programa abordar saúde mental e transição de carreira demonstra uma sensibilidade rara na mídia esportiva. Muitos atletas vivem em silêncio após o fim da carreira - e isso, talvez, seja o verdadeiro legado do Papo Cruzado.

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