O Acordo de Paris é o tratado internacional que une quase todos os países para limitar o aquecimento global. Assinado em 2015, ele obriga cada nação a definir Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – metas de redução de gases de efeito estufa – e a revisá‑las a cada cinco anos.
O objetivo principal é manter o aumento da temperatura média da Terra bem abaixo de 2°C em relação ao período pré‑industrial, tentando não ultrapassar 1,5°C. Isso parece simples no papel, mas exige mudanças profundas na energia, agricultura, transportes e até nos hábitos de consumo.
O Brasil enviou sua primeira NDC em 2015, prometendo reduzir 37% das emissões de 2005 até 2025, e 43% até 2030, com foco na energia limpa, reflorestamento e controle do desmatamento. Em 2022, o país atualizou a meta, incluindo uma revisão voltada para a neutralidade de carbono até 2050.
Na prática, isso significa ampliar a capacidade de geração de energia solar e eólica, melhorar a eficiência dos veículos e proteger a Amazônia. Programas como o Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM) são exemplos de políticas alinhadas ao acordo.
Mesmo sem ser decisor de políticas, sua atitude conta. Reduzir o consumo de carne, optar por transporte público ou bicicleta, economizar energia em casa e apoiar empresas que adotam práticas sustentáveis são passos simples. Cada quilograma de CO₂ evitado ajuda o Brasil a cumprir suas metas.
Outra forma de agir é participar de projetos de compensação de carbono, como reflorestamento local ou investimentos em energia renovável. Além disso, cobrar dos governantes transparência nas metas e relatórios ajuda a garantir que os compromissos não fiquem só no papel.
O Acordo de Paris funciona como um pacto coletivo: se todos fizerem a sua parte, o risco de mudanças climáticas catastróficas diminui. No Brasil, o caminho ainda tem desafios, principalmente na fiscalização do desmatamento e na transição energética, mas as oportunidades são grandes.
Fique de olho nas atualizações das NDCs brasileiras e nas notícias sobre políticas climáticas. Informação é poder, e quanto mais pessoas entenderem o acordo, maior a pressão por ações concretas.
Em resumo, o Acordo de Paris traz metas claras, mas cumprir essas metas depende de políticas governamentais eficazes e do engajamento da sociedade. Cada escolha do dia a dia pode fazer a diferença para um futuro mais fresco e justo para todos.
As Semanas do Clima assumem novo formato e focam em países do Sul Global, com debates sobre NDCs, preservação florestal e transição justa. As edições de 2025 prometem intensificar a pressão por ações concretas antes da COP30, marcada para novembro em Belém, no Pará.
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