Vilãs inesquecíveis da TV brasileira: Odete Roitman e Nazaré continuam em destaque

Odete Roitman: O rosto da maldade nas novelas

Poucos nomes causam tanto impacto ao serem mencionados no universo das novelas quanto Odete Roitman. Ela não é só personagem; virou referência nacional. Na primeira versão de Vale Tudo, exibida pela Globo entre 1988 e 1989, a personagem vivida magistralmente por Beatriz Segall encarnava a crueldade, o racismo e a frieza sem qualquer hesitação. Odete manipulava, humilhava, destruía sonhos sem nunca esboçar remorso. Sua morte, exibida numa icônica sexta-feira, parou o Brasil a ponto de gerar apostas clandestinas – quem matou Odete? Era assunto em padarias, escolas e no trabalho. Não faltaram reportagens e debates em programas de auditório. Até hoje, muita gente ainda lembra o desenrolar do mistério e do final surpreendente.

O tempo passou, mas a força de Odete não diminuiu. Agora, com a nova montagem de Vale Tudo para 2025, Débora Bloch assumiu o desafio de dar vida à maior vilã da TV. Só que o cenário mudou: apesar de manter o preconceito explícito e os jogos de manipulação, a nova Odete aparece mais vulnerável e, em certos momentos, até humana. Tem gente adorando, dizendo que a novela ganha camadas de realismo. Outros reclamam, achando que vilã de verdade não chora. A polêmica só aumentou o interesse por essa personagem histórica, mostrando como as novelas seguem tocando em temas sensíveis da sociedade brasileira.

Nazaré e as outras faces da maldade

Nazaré e as outras faces da maldade

Odete Roitman pode ser a rainha das vilãs, mas está longe de ser a única que marcou época. Pergunta para qualquer noveleiro: Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino, é um nome que ninguém esquece fácil. Interpretada por Renata Sorrah, Nazaré ficou famosa não só pelos crimes e maldades – como o sequestro da bebê Lindalva e as empurradas de escada –, mas também pelo jeito debochado e por memes que circulam incansavelmente até hoje nas redes sociais. Nazaré virou ícone de geração, misturando cara de pau, frases marcantes e ações impensáveis até para uma antagonista clássica.

Mesmo sem detalhes à mão sobre as outras integrantes da lista, dá para imaginar o porquê desse fascínio: todas essas vilãs mexem com o público porque são a antítese do que se espera de uma protagonista, testando limites, desafiando padrões e provocando discussões desde a sala de estar até a internet. Algumas viram moda, outras geram memes, todas deixam um rastro de impacto cultural. E não é só pelo exagero das maldades: muitas vezes, essas personagens sintetizam temas que a sociedade prefere não encarar de frente. Quando uma nova versão aparece na TV, com cara mais humana ou jeito mais frio, o debate volta com força – porque, afinal, vilã de novela é espelho, aviso e entretenimento de primeira.

Marcela Tavares

Marcela Tavares

Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.

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