A poesia no Brasil nasceu misturando o canto indígena, a língua portuguesa e as influências africanas. Desde o século XVI, quando os primeiros colonizadores escreveram versos sobre a terra nova, até os poetas digitais que postam sonetos no Instagram, a linguagem sempre foi um jeito de contar histórias, protestar e curtir a vida.
Se você abrir um livro de literatura brasileira, logo encontra nomes como Gregório de Mattos, o “Boca do Inferno”, que criticou a sociedade colonial com ironia ácida. No Romantismo, Gonçalves Dias trouxe a palavra “Iara” e o sentimento da natureza amazônica. O século XX deu voz a Carlos Drummond, que transformou o cotidiano em metáforas simples, e a Cecília Meireles, cujos versos leves falam de infância e de sonhos.
Já no movimento modernista, Manuel Bandeira quebrou regras e escreveu sobre o vômito da vida urbana, enquanto Mário de Andrade buscou as raízes do Brasil nas cantigas populares. Não dá para esquecer Vinicius de Moraes, que misturou música e poesia, criando sambas‑poemas que ainda tocam gerações.
Na internet, a poesia virou conteúdo rápido. Blogues, podcasts e perfis de redes sociais trazem micro‑poemas que cabem num story. Plataformas como o Wattpad e o Medium dão espaço a novos autores que falam de identidade de gênero, racismo e questões ambientais. Essa diversidade faz a poesia mais inclusiva e cheia de vozes que antes eram silenciadas.
Se você quer ler, procure antologias como "Antologia Poética da Língua Portuguesa" ou revistas culturais como "Festa da Música". Bibliotecas digitais, como a Biblioteca Nacional, disponibilizam obras de domínio público. Para quem curte ouvir, playlists de "poesia falada" no Spotify juntam leituras de poetas renomados e emergentes.
Participar de eventos também ajuda a sentir a energia dos versos ao vivo. Feiras literárias, saraus e micro‑teatros são lugares onde as palavras ganham ritmo e público. Muitas cidades têm grupos de poesia que se reúnem semanalmente em cafés, criando uma comunidade que troca feedback e dá apoio a quem está começando.
Se a ideia é escrever, comece sem medo de errar. Use aplicativos de anotação para registrar ideias, leia muito – de Shakespeare a poetisas indígenas – e experimente diferentes formas: haikai, soneto, verso livre. Em pouco tempo, você percebe que a poesia não precisa ser complicada; basta transformar sentimentos do dia a dia em palavras que vibrem.
Então, da caneta ao celular, a poesia brasileira segue viva, pulsando nos corredores das escolas, nas telas dos smartphones e nos corações de quem ainda acredita que um bom verso pode mudar o mundo. Aproveite esse universo, explore autores clássicos e descubra novos talentos. A próxima frase que tocar seu coração pode ser sua própria criação.
Antonio Cícero, renomado poeta e letrista, faleceu em Zurique, aos 79 anos. Conhecido por suas contribuições à música popular brasileira e sua imortalidade na Academia Brasileira de Letras, ele optou por morte assistida devido ao Alzheimer. Sua partida foi anunciada por seu companheiro Marcelo Fies e reconhecida por Lula e outras personalidades da música e cultura. A morte de Cícero destaca a importância de discutir saúde mental e questões finais de vida.
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