Se você já ouviu falar de dragões voadores, deuses que controlam o vento ou heróis que desafiaram o céu, está entrando no universo da mitologia chinesa. Essa tradição milenar mistura história, religião e imaginação, e ainda hoje aparece em filmes, jogos e festas populares. Vamos entender de forma prática quem são os personagens principais e por que essas histórias continuam vivas.
O panteão chinês tem mais de mil figuras, mas alguns são lembrados em quase todas as casas. O Imperador de Jade (Yu Huang) é considerado o chefe dos céus, como um presidente celestial que governa os deuses e os humanos. Ele decide quem nasce, quem morre e quais destinos se realizam. Quando as pessoas vão ao templo, costumam fazer pedidos de boa sorte ao Imperador de Jade.
Outro nome que aparece em tudo é Guan Yu, o famoso general da era dos Três Reinos. Ele virou símbolo de lealdade e justiça. Hoje, lojas de negócios e academias penduram sua imagem para atrair proteção e coragem.
Os dragões chineses são diferentes dos dragões ocidentais. Eles não cuspem fogo, mas são criaturas sábias que trazem água e fertilidade. O Dragão do Leste representa primavera e renascimento, enquanto o Dragão do Oeste está ligado ao outono e à colheita. Quando o calendário chinês marca um novo ano, o dragão costuma aparecer nos desfiles para espantar maus espíritos.
Uma das histórias mais contadas por lá é a da Deusa da Lua, Chang'e. Segundo a lenda, ela tomou uma poção de imortalidade e subiu ao céu, ficando sozinha na lua. Essa narrativa explica por que os chineses celebram o Festival da Lua com bolos redondos que lembram a forma da deusa.
Outra história popular é a do Coelho da Lua. Dizem que ele ajuda Chang'e moendo elixires com um pilão. A imagem do coelho está presente em muitas sobremesas e artesanato, e cada família tem sua própria versão da história.
Os contos de Nezha, o menino guerreiro que nasce com três armas e desafia dragões, são usados para ensinar coragem e responsabilidade. Nas escolas, o garoto é protagonista de peças de teatro que reforçam valores como o respeito à família.
Essas lendas não são só entretenimento; elas servem como guias de comportamento. Quando alguém fala “como o dragão”, está pedindo força e proteção. Quando menciona “a paciência de Chang'e”, está lembrando que a espera pode trazer recompensa.
Para quem quer mergulhar mais fundo, visitar templos como o Templo de Confúcio em Pequim ou o Palácio de Verão em Xangai dá acesso a painéis e estátuas que contam essas histórias em detalhes. Cada escultura tem um selo que indica seu nome, período e o mito associado.
Em resumo, a mitologia chinesa funciona como um grande livro de receitas de valores e explicações para fenômenos naturais. Ela transforma o cotidiano em algo mágico, ajudando as pessoas a entender o mundo ao seu redor. Se você ainda não conhecia essas histórias, vale a pena ler um pouco, assistir a um filme de animação chinês ou até experimentar um prato tradicional durante o Festival da Lua. A cultura ganha mais cor quando a gente entende o que está por trás dos símbolos.
Black Myth: Wukong é um RPG de ação que se inspira no clássico 'Jornada ao Oeste' da literatura chinesa. Prometendo gráficos nítidos, jogabilidade intensa e uma narrativa rica, o jogo acompanha o Destinado em sua busca para reviver Sun Wukong e descobrir seu destino, utilizando um sistema de combate brutal em terceira pessoa.
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