Na noite de 26 de setembro de 2025, o Instagram se encheu de mensagens de carinho após Sergio Busquets publicar um vídeo emocionado anunciando que se aposentará do futebol profissional. O anúncio, feito em tom pessoal, foi rapidamente confirmado pela diretoria do Inter Miami, clube da MLS onde o veterano está atuando desde 2023.
Do cotidiano da Masia ao trono em Barcelona
Formado na famosa academia La Masia, Busquets subiu ao time principal do Barcelona em 2008 e logo se tornou o elo que conectava a defesa ao ataque nos projetos de Pep Guardiola. A primeira temporada completa dele já foi histórica: o clube conquistou o chamado "treble" – La Liga, Copa del Rey e Champions League – com o volante exercendo um papel quase invisível, mas essencial, na manutenção da posse e na cobertura defensiva.
Ao longo de 18 campanhas na blaugrana, o número ultrapassou os 700 jogos oficiais, número que coloca Busquets entre os poucos que viveram quase toda a vida de um clube. Dentro das telas de troféus, ele colecionou nove títulos da liga espanhola, sete Copas do Rei e três Champions. Cada vitória inclui histórias curiosas: a final de 2011, quando seu passe despretensioso encontrou Messi para o gol da vitória, ou a partida de 2015, onde ele marcou um raro gol contra a Juventus.
O selo da seleção e o adeus nos Estados Unidos
Na seleção espanhola, Busquets foi a peça-chave da geração dourada que levantou a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e o Eurocopa de 2012. Sua postura tranquila e o entendimento quase telepático com Xavi e Iniesta garantiram ao país um futebol fluido e dominante. Ao todo, ele vestiu a camisa da Espanha mais de 140 vezes, tornando‑se um dos jogadores com mais convocações da história recente.
Depois de deixar Barcelona em 2023, o volante aceitou o convite de David Beckham para se juntar ao Inter Miami, onde reencontrou Lionel Messi. O objetivo não era somente jogar, mas também ajudar a impulsionar o crescimento do esporte nos Estados Unidos. Nos dois anos que se passaram, Busquets adicionou mais uma fase ao seu legado, contribuindo com liderança nos treinos e orientando jovens talentos da liga.
Com a aposentadoria programada para o fim da temporada da MLS 2025, o clube já começou a planejar a cerimônia de despedida. Enquanto isso, mensagens de ex‑companheiros, rivais e personalidades do futebol têm inundado as redes. Messi descreveu o ex‑companheiro como "ponto de apoio que sempre manteve a equipe equilibrada". Até o rival histórico Sergio Ramos, capitão do Real Madrid, declarou que Busquets foi "um dos melhores volantes que já vi" e ressaltou sua classe e humildade.
O Barcelona, órgão oficial do clube, saiu em busca de palavras que traduzissem a importância de Busquets: "uma lenda que escreveu páginas memoráveis na história do clube. Obrigado por todo o futebol e pela paixão”. O reconhecimento vai além dos títulos; trata‑se do modo como ele transformou a função de volante defensivo, tornando‑a peça de construção e não apenas de destruição.
Agora, o futuro de Busquets ainda é incerto. Rumores apontam para uma possível carreira como técnico ou em cargos de diretoria, onde sua visão de jogo poderia continuar influenciando gerações. O que fica garantido é que seu nome permanecerá nos debates sobre os maiores meio‑campistas da história, e que a memória dos torcedores – tanto em Barcelona quanto na Espanha – guardará o silêncio disciplinado e a elegância simples que caracterizaram sua trajetória.
ALINE ARABEYRE
setembro 28, 2025 AT 20:21Sergio Busquets redefiniu o papel do volante moderno com uma precisão tática que raramente é reconhecida em sua plenitude. Sua capacidade de antecipar movimentos, manter a posse sob pressão e distribuir passes com economia de esforço era uma forma de arte silenciosa. Não se tratava apenas de interceptar ou marcar, mas de controlar o ritmo do jogo com uma presença quase filosófica. Sua ausência nos campos será sentida não apenas por estatísticas, mas pela perda de uma lógica interna que o futebol perdeu com sua saída.
Gabriel Henrique Alves de Araújo
setembro 30, 2025 AT 06:33É raro ver um atleta deixar o esporte com tanta dignidade e sem polêmicas. Busquets nunca buscou holofotes, mas sempre foi o centro de qualquer grande equipe. Sua humildade é um contraponto à era atual, onde o ego muitas vezes supera a competência. Ele representou o futebol como deveria ser: coletivo, inteligente e respeitoso. A Espanha e o Barcelona perderam mais do que um jogador - perderam um modelo.
camila cañas
setembro 30, 2025 AT 09:25Eu não entendo tanta emoção por um cara que nunca marcou gol nem fez jogada espetacular mas todo mundo fala que ele é o melhor do mundo porque ele fica parado no meio campo e espera o jogo chegar nele tipo é só isso que ele faz né tipo eu vejo o Messi correndo e fazendo tudo e ele tá ali como se tivesse dormindo mas ai todo mundo fala que ele é o cérebro do time mas se ele não faz nada por que ele é tão importante
Yael Farber
outubro 1, 2025 AT 18:58Busquets foi muito mais que um jogador. Ele foi um exemplo de como se pode ser grande sem precisar gritar. Nos EUA, ele ensinou mais do que passes - ensinou paciência, disciplina e respeito pelo jogo. Jovens da MLS agora olham para ele e veem que não precisa ser o mais rápido ou o mais forte para ser imortal. Ele mostrou que a inteligência, quando bem aplicada, vence tudo. Obrigado, Sergio, por deixar esse legado além das fronteiras.
Wanessa Torres
outubro 3, 2025 AT 08:08q pena q o futebol ta tão diferente agora... ele era o unico q ainda jogava como nos anos 2010... tipo tudo hoje é velocidade e explosao mas ele era tipo um xadrez humano... eu acho q ele vai virar treinador e vai transformar tudo de novo... eu to emocionada msm... ele é o verdadeiro gênio sem saber q é gênio 😭