O Atlético-MG entra em campo neste domingo, 16 de novembro de 2025, com o coração na luta pelo G-7 e a cabeça na final da Sul-Americana. Contra o RB Bragantino, no Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista, o Galo terá que lidar com a ausência de três peças fundamentais — todos convocados para as seleções nacionais na última Data Fifa. O zagueiro Ivan Román, de 28 anos, e seu parceiro Junior Alonso, de 29, estão na Chile e no Paraguai, respectivamente. Já o volante Alan Franco, de 27, integra a equipe do Equador. Sem eles, o técnico Jorge Sampaoli, de 65, terá que reorganizar a defesa e o meio-campo em menos de 72 horas.
Invencibilidade em jogo, mas com risco de desgaste
O Atlético-MG vem de sete jogos sem perder — quatro vitórias e três empates — mas o último resultado foi um susto: empate por 3 a 3 com o Fortaleza, na Arena MRV, após estar vencendo por 2 a 0 até os 30 minutos do segundo tempo. Foi um jogo que mostrou o lado frágil da equipe: liderança, sim; fechamento, não. "Ficamos com medo de perder a vantagem, e isso nos paralisou", admitiu um dos jogadores ao treinador na reunião pós-jogo. Agora, o desafio é manter a invencibilidade contra um Bragantino que, ao contrário do Galo, está em alta. O time de Vagner Mancini venceu o Corinthians e o São Paulo em sequência, e o fato de ter recuperado Juninho Capixaba e Eduardo Sasha — ambos de volta após suspensão — aumenta a ameaça.
Tabu histórico e pressão tática
Historicamente, o Bragantino não vence o Atlético-MG em casa desde 1998. Nos últimos 11 confrontos diretos, o Galo tem seis vitórias e cinco empates. Mas esse número esconde uma verdade: nos últimos nove jogos em Bragança Paulista, o Bragantino empatou sete e perdeu dois. "É um tabu que pesa, mas também motiva", disse o diretor técnico Tiago Nunes, de 43, na coletiva de sexta. "Nossa equipe não tem medo de time grande. Temos ritmo, fome e casa cheia. Isso muda tudo." O estádio, com 17.032 lugares, deve estar lotado. E a pressão por uma vitória histórica é palpável — até os torcedores que não são do Bragantino estão torcendo para quebrar esse jejum.
Desafio de escalação e o peso da Sul-Americana
Enquanto o Bragantino se fortalece, o Atlético-MG enfrenta um dilema raro: equilibrar o Brasileirão com a final da Copa Sul-Americana, marcada para 22 de novembro, em Assunção, contra o Lanús. "Não podemos descuidar de nada", disse o presidente Sérgio Santos Rodrigues, de 55. "Mas se a gente perder pontos agora, a final da Sul-Americana pode virar um pesadelo." O diretor de futebol Rodrigo Caetano, de 48, confirmou que o técnico Sampaoli já decidiu poupar alguns titulares no segundo tempo contra o Bragantino — se o placar permitir. "A ideia é chegar à final com o mínimo de desgaste possível. Mas não vamos entregar o jogo aqui. O G-7 está ao alcance."
Na prática, isso significa que jogadores como Luan, Victor Luis e Léo Cittadini podem ter minutos reduzidos, enquanto nomes como Matheus Cunha, que voltou de lesão, e o jovem zagueiro Gabriel, de 20 anos, terão chances reais de mostrar valor. O volante Matheus Nascimento, de 21, que atuou como titular no empate com o Fortaleza, pode ganhar mais confiança. "A juventude não tem medo de pressão. Só de responsabilidade", disse Sampaoli. "Eles sabem que o Galo não se define só por seus grandes nomes."
Confronto tático: contra-ataque x pressão alta
O estilo de jogo do Bragantino é claro: pressão alta, transições rápidas e muita intensidade. Já o Atlético-MG, sob Sampaoli, busca controlar o meio-campo e atacar em velocidade. "Eles vêm jogando com três atacantes. Mas a nossa ideia é cortar o passe de ligação entre o meio e o ataque. Se eles não conseguirem montar o jogo, vão ficar perdidos", explicou o treinador argentino. O jogador que pode decidir esse duelo? Talvez o meia Bruno Guimarães, que, embora não esteja na lista de convocados da seleção brasileira, está em ótima fase e pode ser a ponte entre defesa e ataque.
Impacto na tabela: quatro pontos de diferença
Na tabela, o Atlético-MG tem 44 pontos, na nona posição. O Fluminense, sétimo colocado, tem 48. Uma vitória coloca o Galo a apenas quatro pontos da zona de classificação para a pré-Libertadores. Já o Bragantino, com 42 pontos, está a três da 10ª colocação, ocupada pelo Bahia. Se vencer, pode até passar o rival e entrar na briga por uma vaga na Sul-Americana. "Não é só sobre pontos. É sobre credibilidade", disse o técnico Mancini. "Se a gente vence o Galo aqui, a torcida passa a acreditar que podemos ser mais que um time de surpresas."
Para o Atlético-MG, o resultado pode definir o rumo da temporada. Se perder, a pressão pela Sul-Americana aumenta. Se empatar, o G-7 fica mais distante. Se vencer? O clube entra na reta final do Brasileirão com moral, confiança e a certeza de que pode equilibrar dois objetivos ao mesmo tempo — algo que muitos duvidavam que fosse possível.
Frequently Asked Questions
Quais jogadores estão realmente em dúvida para o jogo contra o Bragantino?
Três jogadores estão confirmados como desfalques por convocação: Ivan Román (Chile), Junior Alonso (Paraguai) e Alan Franco (Equador). Além deles, o zagueiro Léo Cittadini tem dores musculares e pode ser poupado. O volante Matheus Nascimento, que atuou como titular na última rodada, é o principal candidato a entrar no lugar de Franco. O técnico Sampaoli ainda não confirmou se o lateral Esquerdinha, lesionado desde outubro, retornará.
Por que o Bragantino nunca venceu o Atlético-MG em casa?
Desde 1998, o Bragantino enfrentou o Atlético-MG nove vezes em casa: sete empates e duas derrotas. Historicamente, o Galo tem superioridade tática e experiência em jogos decisivos. Em 2022, por exemplo, o Atlético-MG venceu por 2 a 1 com gol de Luan nos acréscimos. O Bragantino tem mais posse de bola, mas o Atlético-MG aproveita melhor as chances. A pressão psicológica pesa — e o fato de o Galo ter vencido a última final da Sul-Americana em 2020 ajuda nesse aspecto.
Como a transmissão do jogo vai funcionar?
O jogo será transmitido exclusivamente pelo Premiere, da Globo, com narração de Eduardo Madeira, comentários de Gilbert Campos e reportagem de Igor Assunção e CJ. A partida começa às 19h (horário de Brasília), e os assinantes podem assistir por app, TV por assinatura ou no site oficial. Não haverá transmissão gratuita — nem mesmo na TV aberta. A Globo reservou o jogo para o pacote premium, como parte de sua estratégia de retenção de assinantes.
O que está em jogo além da classificação?
Muito além dos pontos, está em jogo a credibilidade de ambos os clubes. Para o Atlético-MG, é a chance de provar que pode conciliar duas competições sem cair. Para o Bragantino, é a oportunidade de quebrar um tabu de 27 anos e se afirmar como um time de verdade. Além disso, o técnico Vagner Mancini corre risco de ser demitido se não conquistar ao menos um título até o fim do ano. Já Sampaoli, se conquistar a Sul-Americana, pode ser alvo de grandes clubes europeus.
O que dizem os torcedores sobre esse jogo?
No Twitter, a hashtag #GaloContraBragantino já é tendência. Torcedores do Atlético-MG pedem foco absoluto: "Se perder aqui, a final da Sul-Americana vira um pesadelo." Já os bragançanos escrevem: "7 empates e 2 derrotas? Isso é história. Hoje a gente escreve o futuro." Nas redes sociais, há até memes comparando o Bragantino a um "cão que ladra mas não morde" — e o Galo, a um "leão que dorme, mas acorda no momento certo".
O que esperar do próximo jogo do Atlético-MG?
Após o duelo contra o Bragantino, o Atlético-MG viaja para Assunção, no Paraguai, para a final da Copa Sul-Americana contra o Lanús, em 22 de novembro. O clube já anunciou que poupará pelo menos três titulares no jogo de domingo, especialmente os que têm mais minutos acumulados. O zagueiro Gabriel, o meia Matheus Nascimento e o atacante Matheus Cunha são os principais candidatos a serem testados. A ideia é chegar à final com o mínimo de lesões e o máximo de moral.
Thaynara Rezende de Oliveira
Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.
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