Se tem uma coisa que tem assustado o país nos últimos meses são as chuvas intensas que transformam ruas em rios. Você deve estar se perguntando por que isso acontece e o que fazer se a água começar a entrar na sua casa. Vamos explicar de forma simples e dar dicas que realmente funcionam.
Antes de tudo, vale entender que as inundações não são um fenômeno novo, mas o clima está mudando mais rápido do que a gente costuma perceber. O aumento da temperatura faz com que o ar segure mais água, resultando em pancadas de chuva que duram poucas horas, mas acumulam litros suficientes para encharcar bairros inteiros.
Dois fatores principais aparecem sempre: o descaso com a drenagem urbana e o desmatamento nas áreas de risco. Quando as cidades crescem sem planejar bons bueiros, a água fica presa nas calçadas e invade casas. Nas áreas rurais, a retirada das matas reduz a capacidade do solo de absorver água, fazendo com que ela escorra mais rápido para rios que rapidamente transbordam.
Além disso, a urbanização desordenada cria “ilhas de calor” que alteram a circulação de ar, aumentando a probabilidade de tempestades localizadas. Quando essas ilhas se juntam a uma frente fria, o resultado costuma ser uma chuva forte e concentrada.
Se a previsão indica risco de alagamento, a primeira coisa a fazer é preparar um kit de emergência: lanternas, pilhas, documentos importantes em sacos plásticos, água potável e alguns alimentos não perecíveis. Guardar tudo num local alto garante que nada se molhe.
Outra medida prática é elevar os móveis mais valiosos do chão. Coloque caixas, eletrônicos e objetos de valor sobre prateleiras altas ou use paletes. Se a água começar a subir, leve só o essencial e procure abrigo em locais mais altos, como o terceiro andar de um prédio ou um terreno elevado.
Fique de olho nas autoridades locais. As prefeituras costumam enviar alertas via SMS ou redes sociais quando há risco de transbordamento. Siga as recomendações de evacuação imediatamente, mesmo que pareça que a situação ainda está sob controle. É melhor sair cedo do que ser surpreendido por uma correnteza.Para quem mora perto de rios, é útil ter um plano de rota de fuga. Marque caminhos que não passem por áreas alagáveis e mantenha um carro com combustível suficiente. Se o carro ficar preso, a melhor saída pode ser caminhar para um ponto seguro.
Depois da passagem da água, verifique a estrutura da sua casa: rachaduras nas paredes, presença de mofo e danos elétricos são sinais de que é preciso chamar um profissional. Não tente religar aparelhos elétricos antes de garantir que tudo está seco.
Por fim, pense no futuro. Se puder, participe de iniciativas comunitárias que pressionam o governo a melhorar a drenagem e a preservar áreas verdes. Cada pessoa que cobra ação contribui para reduzir o impacto das próximas cheias.
Em resumo, as inundações são um problema real e crescente, mas com informação e preparo dá para minimizar os danos. Fique atento ao clima, organize seu kit de emergência e siga as orientações das autoridades. Assim, você protege sua família e ajuda a comunidade a enfrentar o desafio das águas.
A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu, na madrugada de 22 de setembro de 2025, alertas de tempestade com granizo, ventos fortes, raios e risco de alagamentos para Campo Alegre, Corupá, Rio Negrinho e São Bento do Sul. O alerta foi parte de um padrão de clima severo que já afetou 16 municípios durante o fim de semana, incluindo um tornado em Barra Bonita. Mais de 166 residências foram danificadas e a previsão indica continuidade das chuvas intensas. Serviços de emergência pedem que a população acione 199 ou 193 em casos de incidentes.
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