Quando falamos de saúde, a primeira coisa que vem na cabeça é a preocupação com doenças. Mas o que muita gente esquece é que a maioria das infecções hospitalares pode ser evitada com boas práticas simples. O controle de infecção não é só para grandes hospitais; clínicas, consultórios e até sua casa podem se beneficiar dessas medidas.
Primeiro passo? Lavar as mãos como se não houvesse amanhã. Parece óbvio, mas a técnica correta – esfregar por 20 segundos, incluindo unhas e entre os dedos – reduz drasticamente a transmissão de germes. Se água e sabão não estiverem disponíveis, use álcool 70% e cubra toda a superfície da mão. Não deixe de secar bem, porque a umidade ajuda os micro‑organismos a se multiplicarem.
Nos ambientes de saúde, alguns protocolos são padrão e vale a pena adotá‑los onde quer que você esteja. O uso de EPIs (equipamento de proteção individual) como máscaras, luvas e aventais cria uma barreira física contra contaminantes. Troque o EPIs sempre que ele ficar úmido ou visivelmente sujo.
Outra medida importante é a desinfecção de superfícies. Palavras como "limpeza" e "desinfecção" costumam ser usadas como se fossem a mesma coisa, mas não são. Limpar remove sujeira; desinfetar mata os germes que permanecem. Use produtos com registro da Anvisa e siga o tempo de contato indicado.
Mesmo as melhores diretrizes falham se a equipe não as segue. Crie pequenos lembretes visuais: adesivos perto das pias, cartazes nos corredores e mensagens curtas nos grupos de WhatsApp da equipe. Quando todo mundo entende o "por quê", a motivação aumenta.
Treinamentos curtos, de 10 a 15 minutos, costumam ser mais eficazes que palestras longas. Faça demonstrações ao vivo de como colocar e retirar luvas sem contaminação. Incentive a prática regular e reconheça quem se destaca – um simples "bom trabalho" já faz diferença.
Não se esqueça dos pacientes e visitantes. Forneça álcool em gel na entrada e explique a importância da higienização antes de entrar nas áreas críticas. Um pequeno folheto com ilustrações claras costuma superar a resistência ao uso de EPIs.
Por fim, monitore os resultados. Registre taxas de infecção, faça auditorias de cumprimento de protocolos e ajuste o que não estiver funcionando. Dados claros ajudam a mostrar o impacto das mudanças e mantêm a equipe focada.
O controle de infecção não precisa ser um bicho de sete cabeças. Com algumas mudanças simples, treinamento constante e um pouco de vigilância, você cria um ambiente muito mais seguro para todos. Comece hoje: lave as mãos, use EPIs corretamente e mantenha as superfícies limpas. Seu esforço pode salvar vidas.
A Anvisa organiza reuniões com autoridades de saúde para conter o surto do fungo resistente a múltiplos antifúngicos, Candida auris, em Belo Horizonte. Desde o primeiro caso em 28 de setembro de 2024, três casos foram confirmados na cidade. A agência reforça práticas de higienização e uso de EPIs entre profissionais da saúde como medidas preventivas.
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