Candida auris: entenda o fungo que preocupa hospitais

Se você já ouviu falar de Candida auris, sabe que ele não é um micróbio comum. É um fungo que apareceu nos últimos anos e tem causado alarmes porque resiste a vários medicamentos e se espalha rápido em ambientes de saúde.

Como o Candida auris se espalha

O principal caminho de transmissão é por contato direto com superfícies contaminadas – camas, equipamentos ou até mesmo as mãos dos profissionais. Por isso, hospitais que não seguem protocolos rígidos de limpeza podem virar focos de infecção. Ele também sobrevive em ambientes úmidos, como chuveiros e pias, e pode permanecer viável por semanas.

Pacientes vulneráveis – aqueles com sistema imunológico comprometido, em terapia intensiva ou que usam cateteres – são os mais propensos a pegar a infecção. Quando o fungo entra no organismo, pode causar infecções de sangue, pele ou feridas, que são difíceis de tratar.

O que fazer se você for diagnosticado

Se o diagnóstico vier de um laboratório, o tratamento deve ser imediato. Os médicos costumam usar antifúngicos de última geração, como o efinocandina ou a caspofungina, porque as cepas de Candida auris são resistentes a muitas drogas tradicionais.

Além do medicamento, é essencial isolar o paciente para evitar a transmissão. Isso inclui usar equipamentos de proteção individual (luvas, máscara) e garantir que a limpeza do quarto siga protocolos específicos de desinfecção.

Para quem não está em ambiente hospitalar, a prevenção começa com higiene das mãos. Lavar bem com água e sabão ou usar álcool em gel reduz muito o risco de levar o fungo para casa.

Também vale ficar atento a feridas que demoram a cicatrizar ou que apresentam vermelhidão e secreção. Se notar algo estranho, procure um profissional de saúde e peça exames de cultura, porque detectar Candida auris cedo pode fazer toda a diferença.

Os hospitais têm investido em treinamento de equipes e em tecnologias de limpeza mais eficazes, como luz ultravioleta ou desinfetantes de amplo espectro. Essas medidas ajudam a eliminar o fungo das superfícies e a controlar surtos.

Para a população em geral, a mensagem é simples: mantenha as mãos limpas, evite compartilhar objetos pessoais como toalhas ou lâminas de barbear e, se precisar de tratamento médico, siga à risca as orientações de uso de medicamentos.

Fique de olho nas notícias de saúde, porque novas variantes de Candida auris podem surgir. Quando houver alertas, as autoridades de saúde costumam divulgar recomendações específicas para a sua região.

Em resumo, Candida auris é um desafio, mas com higiene adequada, diagnóstico rápido e tratamento correto, podemos reduzir o impacto desse fungo nos hospitais e na comunidade. Se algo parece suspeito, não hesite em buscar ajuda profissional.

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