Sinner e Djokovic avançam em Roland-Garros marcado por polêmicas e despedidas

Noite de despedidas e polêmicas em Roland-Garros: Sinner domina, Djokovic supera tensão

O clima em Roland-Garros foi de tudo, menos monótono. A rodada que parecia previsível teve despedida emocionante, acusações em quadra e reviravoltas que levantaram o público parisiense.

Jannik Sinner entrou para a história sem querer: enfrentou Richard Gasquet, o queridinho local, na última partida da carreira do francês. Aos 38 anos e com mais de vinte anos de circuito, Gasquet não conseguiu resistir ao ritmo avassalador do italiano. O placar de 6-3, 6-0, 6-4 mostrou como Sinner respeitou a ocasião, mas não facilitou para o rival. Gasquet saiu aplaudido de pé por uma quadra que parecia não querer se despedir, e ficou claro que, mais que um resultado, o que importou ali foi o fim de uma era no tênis francês.

No mesmo dia, Novak Djokovic encarou não apenas o jovem francês Corentin Moutet, mas uma atmosfera de tensão crescente. O número 1 do mundo venceu com autoridade — 6-3, 6-1, 6-2 — mas o duelo foi marcado por desconfianças. Torcedores e até comentaristas notaram que Moutet parecia simular problemas físicos em momentos-chave, tentando quebrar o ritmo do sérvio. Djokovic seguiu impassível, apenas trocou olhares com seu box. Depois da partida, discussões sobre o fair play esquentaram as redes sociais, trazendo um ingrediente extra para os capítulos seguintes do torneio.

Reviravoltas francesas, americanos firmes e estreia de novas rivalidades

Se faltava emoção, Arthur Fils tratou de resolver. O francês de 19 anos enfrentou Jakub Mensik e saiu perdendo por dois sets a zero. Pouca gente apostava numa reação, mas Fils mostrou maturidade e virou o jogo em cinco sets: 4-6, 6-7(5), 7-5, 6-3, 6-4. A batalha durou quase cinco horas, levantando o público e fincando Fils como uma promessa a ser observada de perto. No lado oposto, Mensik saiu de cabeça baixa e colecionou mais uma frustração para favoritos que tropeçaram. O australiano Alex de Minaur, nono cabeça de chave, também não conseguiu segurar a pressão e caiu após abrir vantagem.

Mas nem só de surpresas viveu a noite. As americanas continuam firmes. Coco Gauff, Jessica Pegula e Madison Keys passaram por suas rivais sem perder sets. Entre elas, a Coco Gauff deixou claro por que é uma das favoritas ao título: dominou com seu estilo agressivo e já começa a despontar em Paris. Já Mirra Andreeva, a adolescente russa de apenas 17 anos, mostrou que não esquece rivalidades: encontrou Ashlyn Krueger, que a havia eliminado do US Open, e devolveu a derrota. As duas fizeram um jogo duro, mas Andreeva foi mais decisiva nos momentos de pressão.

Enquanto os nomes mais conhecidos carimbam presença nas próximas fases, Roland-Garros mantém aquele ar imprevisível. O público sente a tensão no ar, vê favoritos saírem de cena e se emociona com despedidas como a de Gasquet, que fecha seu ciclo com dignidade e carinho dos fãs. Cada rodada promete histórias novas — e, pelo visto, nenhuma está livre de surpresas ou polêmicas.

Marcela Tavares

Marcela Tavares

Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.

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