Lanús x Fluminense: onde assistir, como foi o jogo e o que esperar da volta na Sul-Americana

Um golpe no fim e um recado para o jogo da volta. Foi assim que a noite em Buenos Aires terminou: vitória do Lanús por 1 a 0 sobre o Fluminense, com gol aos 44 minutos do segundo tempo, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana 2025. Em La Fortaleza, o time argentino soube sofrer e aproveitou a chance que teve. A partida começou às 21h30 (de Brasília) e reuniu dois técnicos experientes: Renato Gaúcho pelo lado brasileiro e Mauricio Pellegrino no comando do Lanús. Para quem acompanhou no Brasil, o jogo foi exibido na TV aberta pelo SBT e, no streaming, pelo Paramount+.

Quem preferiu o tempo real teve cobertura minuto a minuto com estatísticas e comentários em plataformas esportivas, além de análises paralelas em canais digitais como CazéTV, transmissões de Casimiro e conteúdo dedicado no FluTV. No rádio, a rede foi ampla: Tupi, Itatiaia, Jovem Pan Esportes, Energia 97 e Bandeirantes narraram cada lance com equipe completa. Foi uma noite de cobertura pesada para um duelo que sempre mexe com torcidas dos dois países.

Em campo, Lanús x Fluminense entregou exatamente o que esse tipo de confronto promete: marcação forte, muita disputa física, poucas brechas e um detalhe decidindo o placar. O Lanús, empurrado por um estádio lotado, jogou com linhas próximas, pressionou a bola no seu campo e tirou velocidade do Flu. O time brasileiro tentou controlar a posse, rodar de um lado ao outro e atrair o adversário, mas encontrou um bloqueio bem montado.

Como foi o jogo em La Fortaleza

O primeiro tempo teve equilíbrio de proposta, mas pouca clareza nas finalizações. O Lanús fazia o jogo ficar pesado no meio, encurtando os espaços entre zagueiros e volantes. O Fluminense buscou tabelas curtas e infiltrações pelo corredor esquerdo, mas parou em interceptações e divididas, além de sofrer com a falta de profundidade.

No segundo tempo, Renato Gaúcho mexeu na equipe para dar mais agressividade. As trocas, porém, não encaixaram como planejado. A equipe perdeu ritmo e sofreu para estabelecer uma pressão sustentada no campo rival. O desempenho individual de peças-chave também oscilou: Serna ficou aquém do esperado, e os suplentes Bernal e Soteldo não conseguiram alterar o plano do jogo, especialmente nas ações de um contra um nas beiradas.

O Lanús, paciente, esperou o erro. Quando o relógio já pesava, a equipe argentina encontrou a abertura que procurava. Em uma das poucas chegadas limpas na etapa final, capitalizou um vacilo defensivo do Flu e marcou o gol da vitória aos 44 minutos. Foi a síntese da partida: quem errou menos saiu em vantagem.

A atmosfera em La Fortaleza fez diferença. O estádio pressionou cada toque do time brasileiro e inflamou a equipe da casa, que venceu duelos, travou chutes e celebrou cada corte como se fosse gol. O árbitro adotou um critério que permitiu contato físico, sem quebrar o ritmo, controlando o jogo com cartões pontuais quando a temperatura subiu.

Chances do Fluminense existiram, sobretudo em finalizações de média distância e em bolas cruzadas, mas faltou um último passe mais limpo e melhor ocupação de área para transformar volume em gol. Do outro lado, o Lanús foi eficiente: não precisou de muito para golpear na hora certa e carregar a vantagem para o Rio.

Transmissão, bastidores e o que vem pela frente

Transmissão, bastidores e o que vem pela frente

Se você assistiu pela TV, viu produções diferentes e complementares. O SBT levou o jogo para a TV aberta com pré e pós-jogo. No streaming, o Paramount+ ofereceu transmissão completa, com ângulos e análises detalhadas. No digital, plataformas como ge.globo e aplicativos de estatísticas fizeram o tempo real, enquanto criadores independentes aqueceram a conversa com leitura tática e bastidores.

E agora? A volta será no Maracanã, onde o Fluminense precisa vencer para seguir vivo. Sem gol qualificado no regulamento da Conmebol, o que vale é o saldo no agregado. Se o Flu ganhar por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis (de acordo com o formato desta fase). Vitória por dois ou mais gols coloca o time carioca na semifinal. O Lanús joga pelo empate e também avança com qualquer triunfo.

O que o Fluminense precisa ajustar? Três pontos saltam aos olhos: transição defensiva, ocupação de área e assertividade nas substituições. O time sofreu quando perdeu a bola e deu espaço nas costas da última linha. No Maracanã, a equipe terá de encurtar o campo, pressionar o pós-perda e impedir contra-ataques. No ataque, mais presença na área e melhor sincronização de cruzamentos e infiltrações devem aumentar a taxa de chances claras. Soteldo pode ser arma de desequilíbrio se receber a bola em condições de enfrentar o marcador de frente, com cobertura para evitar perdas que virem contragolpes.

Também pesa o nível de energia nos 90 minutos. Em Buenos Aires, o Flu alternou boas sequências com quedas de intensidade. Em casa, precisa sustentar a pressão por mais tempo, atrair faltas perigosas e explorar a bola parada, um recurso que pode mudar a série. E, claro, capricho na última bola: cruzamento mais baixo quando a área estiver cheia e passe firme no pé do finalizador quando a defesa estiver desarrumada.

Do lado do Lanús, o plano tende a manter a essência: bloco médio, pressão seletiva, jogo direto quando necessário e muita competitividade nas segundas bolas. Com a vantagem, o time argentino deve gastar o relógio com posse e faltas táticas longe da própria área, sem abrir mão de contra-ataques em velocidade. Bola aérea ofensiva segue como trunfo, assim como chutes de fora para explorar rebotes.

O roteiro da volta muda se sair gol cedo. Se o Fluminense marcar nos primeiros minutos, o Maracanã entra no jogo com força e as brechas aparecem. Se o Lanús fizer o primeiro, a partida fica mais travada, e o Flu terá de usar amplitude, paciência e circulação rápida para furar duas linhas compactas. Em ambos os cenários, cada detalhe tático e mental pesa.

Sobre transmissão da partida de volta, a tendência é que o SBT mantenha a exibição na TV aberta e o Paramount+ lidere no streaming no Brasil, como aconteceu no primeiro jogo. A confirmação oficial costuma sair perto da data, então vale checar a grade das emissoras. No rádio, redes como Tupi, Itatiaia, Jovem Pan Esportes, Energia 97 e Bandeirantes devem repetir a cobertura. Para quem for ao estádio, a dica é organizar chegada com antecedência, acompanhar os canais oficiais do clube para orientações de portões e fazer o check-in do sócio-torcedor dentro do prazo.

Contexto histórico também pesa. O Lanús carrega experiência em mata-mata continental, com título da Sul-Americana em 2013 e campanha forte em edições recentes. O Fluminense, empilhado de jogos grandes no Maracanã nos últimos anos, conhece o caminho da mobilização em noites decisivas. É Brasil x Argentina, com intensidade máxima, nervos à flor da pele e uma vaga na semifinal em disputa.

Detalhes finais que podem decidir: quem vence mais segundas bolas no meio, a eficiência nas bolas paradas, a leitura do banco na hora das trocas e o controle emocional nos minutos finais. Em Buenos Aires, o detalhe sorriu para o Lanús. No Rio, o Fluminense joga para que o detalhe mude de lado.

Thaynara Rezende de Oliveira

Thaynara Rezende de Oliveira

Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.

ver todas as publicações

6 Comentários

  • Mayara Osti de Paiva

    Que jogo pesado, mano... O Lanús jogou como se tivesse o mundo nas costas, e o Fluminense parece que esqueceu como se movimentar em campo. Aquele gol foi uma punição por ter deixado o jogo escorregar entre os dedos. Não foi falta de talento, foi falta de foco nos momentos decisivos.

    Se o Flu quer passar no Maracanã, precisa de mais agressividade sem perder a organização. Soteldo tem que ser liberado, não engessado. E por favor, parem de mandar cruzamentos altos quando a área tá cheia - é como jogar tênis com uma raquete de madeira!

    Renato precisa entender que substituições não são só para dar descanso, são para mudar o jogo. Bernal entrou e sumiu... Serna estava desligado desde o primeiro minuto. O time tá cheio de jogadores bons, mas nenhum com fome de decisão.

    Espero que a torcida não desanime. O Maracanã vai explodir, e se o time souber aproveitar esse calor, ainda tem chance. Mas se continuar jogando como em Buenos Aires, vai ser mais um capítulo triste da nossa história continental.

    Alguém mais achou que o árbitro deixou muita coisa passar? Aquelas entradas duras no meio-campo... não eram faltas, eram tentativas de agressão disfarçadas de jogo. E ele só marcou quando já era tarde demais.

    Se o Lanús fizer o primeiro gol na volta, o Flu vai sofrer como nunca. Precisam de coragem, não de técnica. E mais: precisam de alma. Porque técnica, eles têm. Alma, não.

    Thalyta Smaug

    O Fluminense perdeu por 1 a 0 e agora tá falando em ‘ajustes táticos’ como se fosse um curso de MBA 😅

    ALINE ARABEYRE

    A análise técnica apresentada no artigo é amplamente precisa e reflete com rigor as dinâmicas de jogo observadas em La Fortaleza. O Lanús, sob a orientação de Mauricio Pellegrino, implementou um sistema de pressão por linhas compactas, com ênfase na recuperação imediata da bola e na contenção das transições ofensivas do Fluminense. A eficácia da estratégia foi evidenciada pela redução de 68% nas finalizações de média e longa distância do time carioca, conforme dados da Opta.

    Além disso, a ausência de um centroavante de referência no Fluminense - combinada à baixa profundidade dos laterais - gerou um vácuo ofensivo crítico na terceira linha, o que comprometeu a eficiência das transições. A substituição de Serna por Bernal, embora intencional, foi mal calibrada: o jogador entrou com perfil defensivo, enquanto o sistema exigia um intermediário com capacidade de criação em espaços reduzidos.

    Na esfera tática, o gol do Lanús foi um exemplo clássico de exploração de erro defensivo coletivo: o deslocamento tardio do zagueiro direito permitiu a penetração por dentro, enquanto o volante central não cobriu a linha de passe. A eficiência do time argentino reside precisamente nessa capacidade de capitalizar falhas mínimas, algo que o Fluminense, em sua última campanha continental, não demonstrou.

    Para a partida de volta, a prioridade deve ser a recuperação da pressão alta no terço de ataque, com a ativação de Soteldo como falso 9 e a mobilidade constante de Lucas Fernandes. A cobertura das bolas aéreas também é crítica: o Lanús possui três jogadores com índice de aproveitamento acima de 75% em finalizações de cabeça, conforme análise do CIES Football Observatory.

    Por fim, a gestão emocional da equipe será determinante. O Fluminense, historicamente, demonstra vulnerabilidade em confrontos de eliminação fora de casa, e a pressão psicológica de um estádio como La Fortaleza pode impactar negativamente a tomada de decisão. A preparação mental, portanto, deve ser tão intensa quanto a física.

    Gabriel Henrique Alves de Araújo

    É sempre difícil ver um time que a gente ama sofrer dessa forma. O Fluminense tem uma história bonita, mas hoje parece que perdeu o rumo. Não foi só a derrota, foi a forma como aconteceu - sem paixão, sem identidade.

    Vi o jogo com meu pai, que foi ao Maracanã em 1983, e ele disse: ‘Isso não é futebol, é sobrevivência.’ E ele tem razão. O time tá perdendo o que tinha de mais valioso: a coragem de arriscar.

    Se o Lanús fizer o primeiro gol no Rio, não vai ser só o placar que vai pesar. Vai ser o silêncio que se instala no estádio. E isso, ninguém pode ensinar. Só se constrói com tempo, com história, com identidade.

    Espero que os jogadores não se esqueçam de quem eles são. Não são apenas atletas. São representantes de uma torcida que nunca desistiu, mesmo quando o time erra. Ainda há tempo. Ainda há esperança. E ainda há o Maracanã.

    Não quero um time perfeito. Quero um time que lute. E se for para perder, que seja com a cabeça erguida - como o Fluminense sempre fez.

    camila cañas

    O Fluminense tá tão ruim que até o SBT teve que botar um cronômetro de sono no canto da tela pra ninguém dormir durante o jogo

    Yael Farber

    Sei que tá difícil, mas não desiste não. O Maracanã vai vibrar como nunca, e o time vai sentir isso. A torcida tá com vocês - não só no estádio, mas em cada casa, em cada bar, em cada celular.

    Lembra da final da Libertadores de 2012? O Fluminense estava perdendo por 2 a 0 e veio de trás. O que mudou? A coragem. A vontade. O coração.

    Soteldo tem o dom de fazer o impossível. Deixe ele solto. Confie nele. E se ele errar, a torcida vai aplaudir. Porque não é sobre perfeição. É sobre luta.

    Eu já vi times melhores que o nosso perderem. Mas nunca vi um time que não lutou. E vocês? Vocês ainda lutam. Então, ainda temos chance.

    Se o Lanús marcar logo, o Maracanã vai gritar mais alto. Se o Fluminense fizer o primeiro, vai ser o maior momento da nossa temporada. E se for nos pênaltis? Vamos lá. Vamos juntos.

    Eu acredito. E se você também acredita, compartilha esse comentário. Porque futebol é isso: união. Mesmo quando o mundo parece estar contra nós.

Escreva um comentário