Botafogo perde para Atlético-MG: VAR, polêmicas e falhas defensivas marcam a rodada

Atlético-MG vence Botafogo em noite de tensão e lances questionados

O que era para ser mais um duelo competitivo na quinta rodada do Brasileirão acabou se tornando um verdadeiro campo minado para o Botafogo. O time saiu derrotado por 1 a 0 para o Atlético-MG, em uma partida cheia de polêmicas dentro e fora das quatro linhas. O único gol do jogo saiu apenas no segundo tempo, mas o ambiente já estava tenso bem antes disso, embalado por decisões de arbitragem que inflaram a revolta dos botafoguenses.

O grande lance que selou o placar aconteceu aos dois minutos do segundo tempo: escanteio cobrado, a bola sobra para Tomás Cuello, que cabeceia no canto, sem maiores dificuldades. O detalhe é que Cuello vinha de oito jogos sem marcar, e aproveitou um raro cochilo da defesa carioca. Parecia gol normal, mas o VAR entrou em cena para checar possíveis irregularidades. Depois de uma revisão rápida, o árbitro confirmou o gol, mas esse episódio só alimentou ainda mais a insatisfação com a atuação do apito.

Logo depois, veio o episódio mais quente: David Ricardo, zagueiro do Botafogo, faz falta dura sobre Hulk—a princípio, só cartão amarelo. Mas o VAR intervém, pede revisão, e minutos depois a cor do cartão muda para vermelho. A decisão não caiu nada bem entre os jogadores do Botafogo, que partiram para reclamações e acabaram colecionando amarelos. O clima ficou insustentável, e a equipe carioca teve que se virar com um jogador a menos pelo resto do jogo.

Falhas defensivas e escolhas no banco esquentam debate no Botafogo

Falhas defensivas e escolhas no banco esquentam debate no Botafogo

Além da polêmica do apito, o Botafogo se complicou por conta própria. O gol de Cuello escancarou um velho problema: desatenção defensiva nos lances aéreos. Gregore, que devia marcar o atacante do Galo, perdeu a referência. Para piorar, o goleiro John hesitou na saída e facilitou o cabeceio do adversário. Em jogos desse nível, um vacilo assim costuma custar caro. E custou.

O técnico Renato Paiva até tentou explicar que, apesar de tudo, o elenco se entregou em campo, mesmo em desvantagem numérica. Mas chamou atenção o fato de Paiva não recorrer aos recém-contratados Rwan Cruz e Elias Manoel, preferindo acionar os já conhecidos Alex Telles e Patrick de Paula quando o Botafogo ficou com dez jogadores. O motivo? Opção tática, segundo ele. Só que a torcida já começa a cobrar não apenas mais resultados, como também oportunidade para quem acabou de chegar.

Enquanto o Atlético-MG aproveitou o segundo tempo para crescer, segurar o resultado e se manter perto dos líderes, o Botafogo aumentou uma sequência incômoda: três jogos sem vencer. A pressão cresce, a confiança balança e a discussão sobre reformular o sistema defensivo já toma corpo. Fica a pergunta: será que Paiva vai repensar suas escolhas ou o time vai seguir pagando o preço dos mesmos erros nas próximas rodadas?

Marcela Tavares

Marcela Tavares

Sou jornalista especializada em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é manter as pessoas informadas com atualizações rápidas e precisas.

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